Na passada quarta-feira centenas de pessoas participaram no cortejo da Praça da República ao Largo do Tribunal onde assistiram ao Enterro do Entrudo, cerimónia que assinala o fim do Carnaval de Torres.
Com a marcha fúnebre como fundo, sua Alteza Real, o Rei do Carnaval, acompanhado pela Rainha, aguardava a sentença final.
Após dar inicio à sessão, o Juiz passou a palavra às testemunhas presentes que, recorrendo à teatralidade, retrataram assuntos e polémicas da atualidade. A proposta de alteração ao regulamento do estacionamento na cidade, a redução das freguesias, a polémica do leilão dos quadros de Miró, o sorteio de carros de luxo pelo fisco, e até a questão do Panteão Nacional foram temas abordados, marcando a habitual sátira política e social caraterísticas do Carnaval mais português de Portugal.
O Rei teve direito à sua defesa proferindo um “Viva o Carnaval de Torres Vedras!”. Irremediavelmente condenado, o monarca foi executado perante a multidão que pode ainda assistir a um espetáculo de fogo-de-artifício.