Cabeçudos e Zés Pereiras

Os primeiros cabeçudos terão surgido no Carnaval de Torres Vedras na década de 1930 pelas mãos de Luís Faria, pintor, e Amílcar Guerreiro, artista plástico e autor da caraça que integra o logótipo do Carnaval de Torres Vedras.

Francisco Porfírio (popularmente conhecido como Chico da Bola) aprendeu a arte com o “mestre” Luís Faria, produzindo gigantones e cabeçudos durante vários anos, recorrendo à técnica artesanal em pasta de papel.

Já os zés-pereiras (grupos tradicionais de bombos) marcam o ritmo dos corsos do Carnaval de Torres Vedras desde a década de 1960. Estes grupos marcam presença em vários momentos do Carnaval, tocando instrumentos de percussão e fazendo-se acompanhar pelos cabeçudos.

Atualmente, os cabeçudos são feitos em fibra de vidro. A estrutura assenta numa armação em madeira, fixa aos ombros e cintura do porta-cabeçudos (nome dado ao indivíduo que carrega o boneco) através de presilhas. Cada cabeçudo pesa cerca de 13 kg.

A cabeça do cabeçudo é de grandes dimensões assim como as suas mãos, que balanceiam à medida que o porta-cabeçudos dança ao ritmo dos bombos.

 

Fonte: Registo do Carnaval de Torres Vedras no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial